Por Leandro Almeida
Com a chegada da turma, Ana Paula ficou agradavelmente surpresa com o número de caras novas: nada menos que 17 jovens, entre os 23 presentes.
Como a turma já havia pensado no que iria apresentar, a oficineira pediu para que os participantes antigos encenassem o esquete elaborado com base nas palavras chaves das histórias sobre as árvores. Eles toparam.
Esse esquete tinha como epicentro a mangueira de Seu Benedito. Ele a regava todo santo dia.
A árvore começou a crescer e deu as primeiras folhas. Porém, as crianças da rua pegavam as folhas para brincar de casinha. Elas levavam tão a sério aquela brincadeira que até sal colocavam na salada.
Formou-se uma enorme casa de marimbondo e, quando as crianças subiram para pegar manga, foram atacadas pelos insetos. Na queda, elas caíram em cima de um formigueiro. Elas gritaram:
- Ai, quebrei minha bunda! (Bis)
As crianças ficaram traumatizadas e nunca mais subiram na mangueira.
A mangueira passou então a ser o ponto de encontro para as amigas da filha de Seu Benedito. Faltou luz enquanto elas conversavam. Elas ouviram um assobio e sentiram gotinhas d’água da árvore.
Não era chuva, pois a noite estava linda e muito estrelada. Assustadas, elas saíram correndo. Seu Benedito teve vontade de corta a árvore quando soube o que aconteceu. Mas sua esposa, que era muito apegada à mangueira, correu até a árvore e, abraçada a ela, não deixou que o marido a cortasse. A mangueira está lá até hoje.
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